Automedicação em animais silvestres nunca é uma opção

Automedicação em animais silvestres nunca é uma opção

automedicação em animais silvestres pode causar problemas oculares e urinários. Portanto, devemos ter um diagnóstico certeiro de um profissional.


Dois dos problemas mais marcantes que tenho encontrado no meu consultório, são pets que chegam doentes por ingerirem um medicamento inadequado (ou de forma inadequada);

Ou animais que não tiveram a atenção devida para o uso de remédios conforme a orientação do pós-diagnóstico.

A automedicação de animais silvestres, infelizmente, é muito mais comum do que parece, seja ela feita com receitas caseiras, plantas medicinais ou por aconselhamento de amigos. 

Mas, poucos sabem que assim como para cães e gatos, a automedicação em animais silvestres pode ser tão perigosa quanto para os pets mais comuns.

É de extrema importância levar o seu pet silvestre a um profissional veterinário a cada seis meses para um diagnóstico contínuo.

Somente nós (veterinários) somos capacitados para perceber e tratar de alterações que não são perceptíveis aos tutores.

Nunca faça a automedicação em  animais silvestres!

From above of tablet products in blister packs and jars on desk of doctor at hospital

O uso de um medicamento precisa ser certo, considerando três pontos: 

  1. A espécie atendida 
  2. O peso do animal
  3. Diagnóstico correto

Para cada medicamento, seja qual for, na classe de vitaminas, anti-inflamatórios, antibióticos e antiparasitários… Existe uma dose específica para cada espécie. 

Quando um tutor decide automedicar o seu pet, pode gerar dois erros graves: superdose ou subdose. 

No caso de superdosagem, pode causar alterações hepáticas e renais, a depender da metabolização da medicação. 

Já com a ocorrência de subdose, a substância não vai provocar o efeito desejado, podendo agravar o problema já existente por não estar sendo tratado corretamente.

Além disso, no caso dos antifúngicos e antibióticos, as subdoses representam um grande problema, porque geram o risco de desenvolvimento de resistência do medicamento, fazendo com que o mesmo seja inválido para o tratamento.

A visão também sai prejudicada com automedicação

Remédios com ivermectina e enrofloxacina podem ser danosos para alguns animais, podendo levar a cegueira.

Assim, controlar as enfermidades do animal requer a adoção de boas práticas com ênfase aos cuidados necessários.

Cuide bem do seu silvestre!

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